Preparando caderno, caneta e teclado

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Para os que estão iniciando [ou retomando] o desafio da escrita, relembramos aqui algumas dicas para encarar a folha em branco e desenvolver boas ideias por escrito.

A escrita, com a produção de textos nos seus mais variados gêneros, é uma atividade com a qual lidamos cotidianamente. Seja uma mensagem de celular ou um recado na geladeira de casa; uma carta ou um relatório; uma redação de vestibular ou um trabalho de conclusão de curso; um requerimento ou um texto literário. Enfim, são situações formais ou informais.

Com a popularização dos mecanismos de comunicação disseminados com a internet, o texto escrito tem-se potencializado como um poderoso instrumento de interação entre as pessoas. Entretanto, ainda são muitos os que possuem alguma espécie de bloqueio para o uso da linguagem escrita. Exemplo disso é o fato de que a prova de redação, tanto em vestibulares como em concursos, tem sido um dos fantasmas dos candidatos.

Redigir é um processo trabalhoso, mesmo para os escritores mais experientes. Contudo, acredito que está ao alcance de qualquer pessoa disposta a ler o mundo com olhos atentos, apontar o lápis, usar o teclado, gastar a borracha, deletar palavras, preencher linhas e linhas que serão riscadas, rabiscadas e reescritas até que o texto expresse com clareza as ideias de seu autor.

Antes de mais nada, é fundamental desenvolver a consciência textual. Como fazer isso?

Vamos às primeiras dicas:

  1. Conheça seu estilo de escrita, suas principais dificuldades e virtudes. Tenha um caderno só para suas redações e não jogue fora os rascunhos, pois eles são importantes para que você tenha consciência do seu processo de produção textual e da sua maneira singular de escrever.

  2. De onde vêm as ideias?  Procure conhecer os mais diversos assuntos para observar as relações entre as várias áreas do conhecimento, livros e mídias. Para tanto, um exercício prévio à escrita é cultivar o hábito de ficar atento e curioso aos fatos do cotidiano. Essa atitude permanente de ler o mundo e tentar decifrá-lo é ideal não somente para o desenvolvimento de textos, mas para a vida. Compare e relacione suas leituras, filmes e conversas ao seu universo pessoal, aos problemas do seu bairro, da cidade ou do país.

  3. Resgate a curiosidade.  Formule perguntas sobre os fatos do cotidiano e busque respostas em diversas fontes culturais, filosóficas e políticas para fundamentar o seu texto. Há uma variedade de temas que podem ser explorados numa redação.

  4. Tenha sempre um pequeno bloco de notas à mão para registrar aquelas ideias que aparecem nas horas em que não estamos preparados: na rua, na fila, no ônibus, no banheiro ou na cama à noite, enquanto o sono não vem.

  5. Deu branco? Muitas das dificuldades para se começar uma redação estão relacionadas a barreiras psicológicas. Se for esse o seu caso, adote as seguintes atitudes: -  acredite na sua capacidade de escrever; - não tenha vergonha do próprio texto; - evite demasiada autocensura; - desenvolva paciência e disposição para adotar procedimentos de estudo e escrita que exigem certa  dose de disciplina e exercícios; - crie o hábito de escrever, no mínimo, um texto por semana.

  6. Elabore um parágrafo para desbloquear. Há quem empaque na questão até começar o texto. Nesse caso, pode ser útil escrever de imediato um parágrafo a partir do qual os outros irão se desdobrar (mesmo que seja para riscá-lo depois). Esse procedimento ajuda a gerar novas ideias sobre o assunto. Para quem busca uma vaga na universidade ou em algum concurso público, o ritmo deve ser de estudo e dedicação. Não precisa enlouquecer antes da hora, mas o conhecimento não cai do céu. Portanto, ao trabalho!

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